sábado, 22 de novembro de 2008

Visitas indesejaveis...


Dia 24 de dezembro de 2007,eu trabalhei o dia todo...meu filho Lucas e o meu marido(estava casada ainda)haviam ido para SP passar o Natal com a familia dele.Meus Pais tbm ...foram para casa da minha irmã,eu fiquei só em Limeira...Cheguei em casa cansada...minha mãe garantiu a minha ceia(uma torta)eu garanti coca-cola,cigarros,e mto chocolate.O Anderson me ligou uma 20 x querendo que eu fosse para a chacara de umas amigas dele...Mas não dava o Emerson havia saido de casa um fim de semana antes,eu estava mal demais...precisava ficar só...mas por volta das 20:30 minhas visitas começaram a chegar...primeiro veio a desconfiança...ela me distraiu por meia hora,ficou lá falando comigo,logo depois chegou a magoa...essa não me dava trégua e junto com o fracasso que havia acabado de chegar dançaram na minha cabeça...quando o ciume chegou já eram umas 22:hs eu estava arrasada,a sensação de perda falou q ia dormir comigo...e junto com o desespero...armou acampamento na minha casa...eu achei q ia enlouquecer ...quando o abandono veio para a festa eu queria me livrar de mim mesma...o Emerson não ligava...e eu estava desesperada,sabia q se ele ligasse e falasse comigo...essas indesejaveis visitas iriam embora...mas ele não ligou ...e elas resolveram morar comigo por uns 8 meses...Na realidade elas foram embora a pouco tempo,foram expulsas pela esperança...

(continua)

Maldição
Maldito sejas tu que eu encontrei na vida, como se não bastasse a tormenta sofrida sem culpa e sem perdão; por tudo o que eu quis ser e que alcançar não pude; por toda essa amargura e toda essa inquietude da minha solidão.
Maldito sejas tu, pelas noites sem sono, pelos dias sem sol e as horas de abandono, de tristezas sem fim... Pelo amor que esbanjei, generosa, às mãos-cheias, e apenas vi florir pelas searas alheias e nunca para mim. Pelos passos que dei sem rumo, desnorteada, nas trevas tateando... (é sempre escura a estrada, quando a gente vai só). Por toda essa extensão de enganos percorrida, pela enseada de paz para sempre perdida e transformada em pó...
Maldito sejas tu, que por capricho, um dia, do meu ser transformaste a serena harmonia num rugir de paixão. Maldito sejas tu! Teu riso, tua boca! Para cuja mentira e hipocrisia é pouca a minha maldição.
Maldito sejas tu, que infiltraste em meu sangue todo o calor macio, aveludado e langue da tua voz sem par. Por tudo o que eu perdi por te haver encontrado, pelo tempo tão longo e tão triste passado, em silêncio a chorar... Maldito sejas tu... Mas, se um dia voltasses, e o remorso no olhar, e lágrimas nas faces, me pedisses perdão, eu, na porta entreaberta e mal iluminada sem nada te dizer, sem perguntar-te nada, te estenderia a mão.

Adelaide Schloenbach Blumenschein

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